A história de um rapaz que perdeu o pai aos 13 anos e teve de ir para a roça trabalhar e sustentar sua família foi um dos sucessos da longa carreira da banda Titãs, um grupo cheio de altos e baixos, que fez tanta coisa de diferente que é difícil saber o gênero hoje em dia.
A música em questão é chamada “Marvin”, com versão escrita por Nando Reis e gravada pelos Titãs em seu primeiro disco, homônimo de 1984. O que alguns não sabem é que a canção se trata da reprodução de uma história norte-americana de alcunha “Patches”, escrita e gravada originalmente pela banda Chairmen of the Board em 1970.
Os compositores Ronald Dunbar & General Johnson conseguiram um Grammy com a canção em 1970 na categoria Melhor Canção de Rhythm & Blues. Ao perceber o potencial da música, o cantor Clarence Carter decidiu fazer uma regravação tendo de ouvi-la durante a reprodução, já que ficou cego na juventude.
Conhecido por ter uma história sofrida de infância e nascido no Alabama, Clarence Carter se assemelhava ao personagem principal da história e com isso levou a canção ao posto de número 2 das paradas britânicas e 4 nas norte-americanas.
Na “versão brasileira Herbert Richards”, algumas características são curiosas, pois o que era Rhythm & Blues ficou praticamente um Reggae, sem contar alguns desvios na letra, que dificilmente seria idêntica devido à sequência musical.
Enquanto na versão original, Patches foi proibido pela mãe de abandonar a escola e teve de trabalhar e estudar, Marvin parou com os estudos logo que o pai morreu e então precisou ir à labuta.
O pai de Patches não lhe deu muitas esperanças ao morrer, já que não dizia saber o destino do filho e nem prometia sofrer caso o jovem caísse no choro.
Enquanto Marvin admitiu ter cometido o crime de roubo na versão dos Titãs, Patches jamais citou ter roubado um frango em nome da fome. Sua mãe rezava apenas para que o jovem aguentasse o trabalho pesado a cada dia. Confira abaixo as duas versões:
Bom texto!
ótima análise; titãs é fogo de palha, embora tenhamos nos aquecido nos embalos, rapidamente virou cinza;
Muito bom o comentário, adorei a versão original e sempre amarei o Marvin…Cada um compõe a sua história!
“Titãs é fogo de palha”. Desculpe, respeito sua opinião, mas vivi nos anos 80 e para os paulistas Titãs sempre foi um marco na história do Rock. Lembro como se fosse hoje um evento chamado Hollywood Rock, com a presença dessa banda. Era sensacional.
Nasci no fim dos anos 80 (em 89), hoje o ano é 2014, e Titãs pra mim é uma das maiores bandas que já existiu. Se titãs é fogo de palha, nem sei o que é então os hits de verão que movem multidões todo ano nesse lixo de MPB atual, pq popular no brasil hoje, é funk ostentação, forró e sertanejo universitário.
Concordo com você Marcelo. Titans é um marco! mesmo para quem não gosta de rock… como eu!
Na verdade, poucos comentários sobraram pra mim, rsrsrs
Mas o que acrescento é que, ótimas inspirações dão perfeitos originais.
Marvin… Canção ilustre e verdadeira.
A música é de Dickie Lee de 1962 e não do Ronald Dunbar & General Johnson da banda Chairmen of the Board em 1970 como foi citado.
Acabei de ver o no álbum acústico MTV dos Titãs e lá consta Ronald Dunbar & General Johnson como compositores, a música Patches de Dickie Lee lançada cinco anos antes da banda Chairmen of the Board que foi composta em 1967, não tem nada a ver uma música com a outra fora o nome.
Tem o link aqui
Patches.
Patches
Patches